domingo, 15 de maio de 2011

Apresentação dos conteúdos e a organização das atividades em sala de aula


Todos nós professores sabemos que o tempo, dentro e fora da sala de aula, passa rapidamente e se torna escasso os conteúdos programáticos, o currículo pedagógico e a aprendizagem escolar se não tivermos uma organização de conteúdos, dos programas e das atividades.
Para criarmos tal condição é necessário termos em mente e sabermos diferenciar as diferentes modalidades organizativas. São elas:

·         Atividades Sequenciadas;

·         Atividades Permanentes;

·         Atividades Independentes;

·         Projetos.


                                                  Atividades Sequenciadas         

          São situações didáticas articuladas, que possuem uma sequência de realização cujo principal critério é o nível de dificuldade – há uma progressão de desafios a serem enfrentados pelos alunos para que construam um determinado conhecimento.                         

Tempo de duração: variável

Características Básicas: funcionam de forma parecida com os projetos e podem integrá-los, mas o produto final é apenas uma atividade de sistematização/fechamento.

Exemplos de situações didáticas: atividades de ortografia, gramática, de aprendizagem sobre um gênero ou portador textual, de multiplicação, divisão, etc., ou seja, conteúdos que não poderiam ser aprendidos em uma única atividade – mas em várias, e nem necessitariam compor um projeto.


Atividades Permanentes

          São situações didáticas propostas com regularidade, cujo objetivo é constituir atitudes, desenvolver hábitos, etc. Por exemplo: para promover o gosto de ler e escrever, desenvolver atitudes e procedimentos que leitores e escritores desenvolvem a partir da prática de leitura e escrita.

Tempo de duração: Repetem-se de forma sistemática e previsível – semanal, quinzenal ou mensalmente.

Característica básica: A marca principal dessas situações é a regularidade e, por isso, possibilita contato intenso com um tipo de texto, autor, assunto, etc.

Exemplos de situações didáticas: Roda de biblioteca, leitura compartilhada, roda de notícias, rodas de curiosidades científicas, situações diárias de escrita para registrar e organizar conteúdos em estudo, cópia da lição de casa, realização das atividades propostas, etc.

Atividades Independentes

          São situações ocasionais em que algum conteúdo significativo é trabalhado sem que tenha relação direta com o que está sendo desenvolvido nas outras atividades ou projetos, ou situações de sistematização de algum conhecimento estudado em outras atividades ou projetos.

Tempo de duração: variável, mas normalmente trata-se de uma atividade única.

Característica básica: tratam de conteúdos significativos, ainda que não façam parte do currículo da série, ou sistematizam conhecimentos estudados.

Exemplos de situações didáticas: Discussão sobre um tema debatido na mídia, leitura de um conto, notícia ou poema trazido por um aluno, escrita de uma carta para um colega ausente, sistematização de conhecimentos estudados em uma sequência de atividades etc.

Projetos

          São situações didáticas que se articulam em função de um objetivo (situação-problema) e de um produto final. Contextualizam as atividades de linguagem oral e escrita (ler, escrever, estudar, pesquisar) e podem ser interdisciplinares.

Tempo de duração: Depende dos objetivos propostos - podem ser dias ou meses. Quando de longa duração, os projetos permitem o planejamento de suas etapas e a distribuição do tempo com os alunos.

Características básicas: ter uma finalidade compartilhada por todos os envolvidos, que se expressa na realização de um produto final, cuja construção desencadeou o projeto.

Exemplos de situações didáticas: confecção de um livro sobre um tema pesquisado e/ou composto de textos de gênero estudado, confecção de cartazes, mural, folheto informativo, recital de poemas, leitura em voz alta de contos para um determinado público, etc.


(Síntese a partir do texto: “É possível ler na escola?”, de Délia Lerner, em: Ler e escrever na escola – o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmedia.






domingo, 8 de maio de 2011

TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM PANORAMA A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE







Vivemos em uma sociedade de digitalização. Nossos alunos sabem navegar, pesquisar, criar, interagir, socializar e desenvolver diversas atividades tecnológicas fora da escola, em família, nos grupos de amigos, em clubes e diversos ambientes. No entanto, muitas instituições de ensino não se adequaram a essa realidade.

As escolas permanecem, em pleno século XXI, no tradicionalismo e no mono diálogo onde apenas o professor fala e os alunos ouvem. O formato da sala, a metodologia aplicada, os materiais utilizados, o giz, o quadro negro e tantos outros conceitos não foram atualizados de acordo com a realidade em que vivemos. A Educação tem a função de educar de forma integral o ser humano. No entanto, a metodologia tradicionalista que ainda vigora nas escolas públicas e desatualizada não cativa mais nossos alunos que se encontram voltados às infinidades de multimídias e sistemas digitais. Os meios de comunicação, a medicina, o transporte, a zona rural e tantos outros ambientes se atualizaram, mas a educação continua com a mesma forma de ensinar.

Diante dessa urgência em atualização e motivação, a Educação a Distância oferece uma nova maneira de transmitir conhecimentos.  Através da navegabilidade, da interatividade, da inovação, da conectividade, dos múltiplos estímulos, fácil atualização nos materiais didáticos e beleza nas apresentações do aprendizado, a EAD abre caminhos para a escola convencional.  Com suas salas enriquecedoras, ampliada e expandida as aulas se tornam dinâmicas, interativas e o aprendizado torna-se de qualidade, pois todos participam e interagem na educação.

A Educação a Distância é mencionada muitas vezes como: ensino a distância, auto ensino, autoinstrução, aprendizagem durante toda a vida, educação aberta, formação continuada, estudo on-line e outras comparações. Embora as palavras instrução, ensino e educação pareçam ter o mesmo significado possuem conceitos diferentes. Vejamos cada um desses conceitos:

·         Instrução: indicações da utilização de algo; síntese de como se fazer alguma coisa; ato de instruir = ensinar; conjuntos de conhecimentos ou saber. Vem de procedimentos, saber fazer, capacidade, treinamento para executar algo.

·         Ensino: Ação, arte de ensinar, de transmitir conhecimentos. Orientação no sentido de modificar o comportamento da pessoa humana. Envolve professores, autores, saberes, entendimento, transmissão e sala de aula.

·         Educação: É o princípio comunicativo, utilizado pelas sociedades, para desenvolver no indivíduo a consciência de suas potencialidades, a partir da interpretação dos sinais gráficos até a construção dos conhecimentos que favoreçam o desenvolvimento de um raciocínio comportamental e disciplinar, na sua individualidade, diante do grupo social e no meio ambiente em que vive. É a formação como um todo de modo integral.

Como vimos, a educação exerce um papel sublime e superior com relação à instrução e ao ensino. Dessa forma “educação à distância” desempenha uma função integral no desenvolvimento do ser humano.

A EAD com suas tecnologias de informação e comunicação tem potencial para ajudar instituições e educadores a superar muitos dos desafios, sobretudo o da qualidade de ensino. A Educação a Distância utiliza contextos e encontros pedagógicos motivadores que ampliam a curiosidade, a motivação, a pesquisa, a interação, a diversidade, as variedades de estímulos e ao dinamismo. Essas metodologias favorecem a construção de cidadãos ativos, participativos e melhores preparados para atuarem na sociedade em que vivemos.

 Portanto, deixemos o tradicionalismo para trás e avancemos com um olhar dinâmico, atual e interativo na formação de nossas crianças e jovens na sociedade atual.