terça-feira, 22 de março de 2011

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva










A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.
Fonte de Pesquisa:





Educação para as questões de gênero e diversidade sexual


Quando nos referimos sobre as questões de gêneros, estamos nos referindo a um campo social, histórico e psicológico. Para refletirmos sobre esse assunto faz-se necessário pensarmos sobre nossa formação sexual e sobre o que queremos transmitir àqueles que nos são confiados sejam eles filhos, alunos ou parentes próximos.
No dicionário a palavra “Gênero” significa um conjunto de características comuns que definem algum fenômeno, uma tipologia. O gênero masculino e feminino, homens e mulheres, machos e fêmeas não são estabelecidos apenas pela biologia, mas é uma construção social, política e cultural.
Não são as características físicas que identifica as concepções de gênero. Podemos encontrar pessoas que se sentem “masculinas”, “femininas”, “ambíguas” e, ao mesmo tempo, apresentam características anatômicas e fisiológicas do sexo masculino, feminino e, além disso, também expressam seu desejo sexual por homens, mulheres, ou ambos, sem necessariamente corresponder a uma regra fixa.
A questão de gênero se torna um problema em sala de aula quando não se respeita as escolhas sexuais dos alunos e quando o ensino não conduz a uma reflexão. Infelizmente a maioria de nós teve uma educação e formação sexista, mas a sociedade de hoje clama por educadores de mente aberta e com responsabilidade que conduza a sala de aula ao respeito e aceitação dos diversos gêneros sexuais que encontramos hoje.




segunda-feira, 14 de março de 2011

Declaração dos Direitos Humanos - uma práxis para a Educação na Diversidade

Fonte: profanaispada.blogspot.com


Desde o início da humanidade sempre houve desigualdades sociais, preconceitos, violências e descriminações quanto à raça, etnia e religiosidade, no entanto, era visto como algo comum e os direitos e deveres humanos praticamente não existia.
            Com o passar dos anos adquiriu-se os direitos, os deveres, a liberdade de expressão e o cidadão tornou-se ativo e participativo na sociedade e novos rumos foram tomados.
            No dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração Universal dos Direitos manos da Organização das Nações Unidas afirma: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
            A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu Artigo 1° reforça o direito e a dignidade humana de todo e qualquer cidadão seja ele negro ou branco pobre ou rico, heterossexual ou homossexual, independente de sua religiosidade, cultura ou etnia. Todos têm sua importância na sociedade e precisa ser respeitada sua diversidade e liberdade de escolha.
            Representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, foi promulgada  a  Constituição da República Federativa do Brasil no ano de 1988.
No Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
            Tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos quanto na Constituição Federativa do Brasil, podemos observar um país e um mundo preocupado com os direitos do cidadão e a dignidade da pessoa humana, porém, sabemos que os direitos se encontram no papel e nas leis que regem o país e o próprio universo. Sabemos que na prática e no dia-a-dia esta realidade ainda está longe de acontecer.
            Nos meios de comunicação, nas ruas, nos lugares de lazer e entretenimento, no trabalho, no campo ou na cidade e inclusive nas instituições educacionais ainda se vê vestígios de desigualdades, de preconceito, de intolerâncias e tantos outros fatores que destroem sonhos, tiram alegrias e matam esperanças de todo um povo, raça e nação.
            Acredito que a Educação pode mudar essa história e indicar um novo caminho desde que os responsáveis pela educação, ou seja, os gestores e os docentes tenham consciência do seu papel transformador dentro da escola e na sociedade.
            No mundo globalizado em que nós nos encontramos torna-se urgente o respeito às diversidades sociais, culturais e a boa convivência com o diferente. A Educação garante a cidadania, a paz, os valores, a liberdade e a garante que os direitos humanos sejam respeitados em sua totalidade.

Referência


                                                        Fonte: diversidade-educação.blogspot.com







    A Educação Indígena no Brasil

     Fonte: www. brimagens.com.br


    A educação indígena no Brasil é um direito constitucional assegurado aos índios sob a responsabilidade da FUNAI, A Fundação Nacional do Índio.
    Falar da educação dos índios nos dias atuais requer uma breve análise histórica deste povo. Precisamos reconhecer que nesses 508 anos, os povos indígenas têm sito destruídos, mortos, perseguidos e marginalizados pelos civilizados. Mesmo com toda Política de proteção e leis preocupadas pela qualidade de vida dos índios, estamos longe de um tratamento digno e justo àqueles que foram os primeiros habitantes desta terra. Se este é um povo que vem perdendo sua identidade, sua cultura e costumes, sua história e a própria vida, pois várias foram as tribos dizimadas por doenças levadas por homem branco, também a educação teve seu processo e seus propósitos alterados e ajustados as necessidades de cada tribo.
    De modo geral, a educação indígena antigamente tinha objetivo de catequizar os índios e torná-los missionários, apaziguando-os, tornando-os dóceis e submissos as necessidades do povo da cultura dos brancos, no caso os colonizadores. Ensinavam a Língua Portuguesa, desconsideravam os mitos, as crenças, os hábitos indígenas e as aulas eram ministrados por professores brancos, primeiro os padres depois pessoas comuns que passavam a viver nas aldeias para educar - catequizar os indígenas.
    Algumas tribos passaram a viver mais como brancos do que como os índios, maravilhados pelas novidades e comodidades da vida fora da aldeia. Outros foram incansáveis e defenderam seu modo de vida, usando o processo de educação dos jovens, exatamente para manter a cultura de seu povo. Devido à realidade de exploração que a maioria das tribos vivia, os próprios povos sentiram a necessidade de aprender a escrita de sua língua moderna.
    Hoje, a escola indígena, na maior parte dos povos que mantêm contato com a civilização, tem como objetivo manter os costumes dos índios e ensinar a sua língua junto com outras matérias. O currículo diferenciado não é só o ensino da língua materna, mas de todo um currículo além das questões de cada povo. A diversidade lingüística está diretamente ligada à questão da educação, pois são faladas no mínimo 180 (cento e oitenta) línguas indígenas e o processo educacional atual visa manter um equilíbrio, para que a língua oficial do país não seja imposta, mas também haja espaço para o ensino da língua indígena, de modo que esta não se perca, daí a importância do professor bilíngüe.
    Desta maneira, cabe salientar o que está posto no item IV, das Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena (MEC/ SEF, 1994) que afirma:
    ·         Um dos aspectos relevantes para a definição do currículo de uma escola é o conhecimento da prática cultural do grupo a que a escola se destina, já que estas práticas é que definem determinadas estratégias de ações e padrões de interação entre as pessoas, que são determinadas no processo de desenvolvimento do indivíduo. Isso requer uma intensa experiência em desenvolvimento curricular e também métodos de investigação e pesquisa para compreender as práticas culturais do grupo. Daí a necessidade de formação de uma equipe multidisciplinar constituída de antropólogos, lingüistas e educadores entre outros, de maneira a garantir que o processo de ensino-aprendizagem se insira num contexto mais amplo do que o processo paralelo dissociado de outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade.
    Portanto, a educação indígena, como um todo, deve ser um processo de construção coletiva envolvendo uma formação política e específica do professor e da professora, envolvendo a própria comunidade e as organizações indígenas, com articulações de entidades de apoio governamentais, e não governamentais (ONG). Os índios não podem ser figuras ligadas somente ao passado do Brasil, devemos buscar, conhecer e valorizar essa porção da cultura brasileira.
    Cabe salientarmos também os problemas enfrentados pelas inúmeras Instituições Escolares Indígenas do Brasil professores reunidos na III Assembléia Geral do Conselho dos Professores Indígenas da Amazônia, ocorrida em Manaus, no ano de 2003 onde fizeram um diagnóstico da situação das escolas indígenas e destacaram entre os principais problemas enfrentados:
    • Não reconhecimento das escolas indígenas;
    • Falta de infra-estrutura adequada;
    • Discriminação e preconceito;
    • Não implementação da legislação da Educação Escolar Indígena, em especial a Resolução 03/99;
    • Ausência de representação indígena nos Conselhos de Educação;
    • Falta de uma política pública para atender a necessidade do Ensino Superior voltado aos interesses dos povos indígenas buscando o compromisso das universidades públicas;
    • Falta de atendimento ao Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª série;
    • Falta de concursos públicos diferenciados para resolver a situação dos contratos temporários.

    Fonte de Pesquisa:
    • http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ind%C3%ADgena




    Educação Ambiental




    Em nossa formação escolar aprendemos de forma fragmentada que a Educação Ambiental significa cuidado e proteção à natureza e a todos os seres vivos. A Lei de Política Nacional de Meio Ambiente contempla uma educação e um estudo da ecologia:

    [...] orientar a educação, em todos os níveis, para a participação efetiva do cidadão e de toda a comunidade na defesa do meio ambiente, cuidando para que os currículos escolares das diversas matérias contemplem o estudo da ecologia. (Decreto 99.274/9 que regulamenta a Lei de Política Nacional de Meio Ambiente).

    Verificamos que a longos anos a educação ambiental é estritamente ecológica.
    A Constituição Federal de 1988 diz no art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”.
    Educar ecologicamente e de forma fragmentada não permite aos nossos educadores uma reflexão crítica sobre as questões ambientais e não permite ter uma visão ampla, integrada e complexa.
    Infelizmente a Educação Ambiental, na maioria das vezes, visa à solução dos problemas ambientais físicos e não a discussão de questões sociais por meio da transversalidade e da interdisciplinaridade.
    Hoje surge a necessidade de uma educação para a sustentabilidade, através da construção de um novo campo teórico no qual as preocupações da educação ambiental estivessem voltadas para os aspectos sócio-ambientais.
    A sustentabilidade está relacionada ao conceito ecológico de estabilidade dos ecossistemas e associada ao equilíbrio dinâmico que garante as relações de interdependências estabelecidas entre os componentes de um sistema ecológico. A sustentabilidade promove a preservação do ambiente físico, mas também a preservação e a recuperação da qualidade de vida do homem.
    A construção de um projeto de educação ambiental requer a participação de todo corpo docente, dos alunos, diversos profissionais, funcionários e membros da comunidade escolar. É preciso que esse projeto supere a fragmentação dos saberes e que possibilite um conhecimento integrado entre os aspectos físicos, biológicos, sociais, culturais, econômicos e políticos.
    Não formaremos verdadeiros cidadãos se trabalharmos apenas com datas comemorativas. É preciso contextualizar temas ambientais com a realidade e a vivencia de nossos alunos. Esse trabalho deve levar a uma reflexão e ao mesmo tempo a uma mudança de atitudes e de conceitos. Para isso é preciso que mudemos nossa maneira de ensinar e de formar para a vida.
    Esse projeto para ser bem elaborado pode envolver diversos profissionais e pode ser trabalhado com interdisciplinaridade, ou seja, envolvendo várias disciplinas e vários educadores. O importante é que esse trabalho leve o estudante a tomar consciência que é papel de todos nós protegermos, defender e buscar formas de sustentabilidade ao sistema ecológico. E como cidadãos precisamos agir conscientemente e ativamente na sociedade buscando cada vez melhores condições de vida a todo e qualquer cidadão indiferente de sua cor, raça, nacionalidade e etnia.






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