domingo, 7 de agosto de 2011

A importância das Artes Visuais na Educação Infantil







INTRODUÇÃO

A criança quando trabalhada e estimulada desde a tenra idade são capazes de na juventude e na vida adulta tornar-se agentes transformadores da cultura, da paz, da honestidade, da integridade, da justiça e dos verdadeiros valores essenciais à vida humana.
            Nós educadores em unidade com a família, a comunidade e a sociedade somos responsáveis por cuidar, formar, educar e construir um mundo melhor por meio da educação.
            A Importância das Artes Visuais na Educação Infantil visa não à importância da beleza estética, mas a capacidade da criança de produzir e criar segundo suas habilidades e seu olhar de mundo.
            As Artes Visuais na Educação Infantil desenvolve uma conscientização e valorização do ser humano, em especial às crianças, não pelo o que ela tem de material ou pelo seu valor econômico e sim, a valorização dele (a) como pessoa humana, capaz de criar e recriar. Valorizando sua existência, sua dignidade, seu poder de ser e estar no mundo e fazer parte dele vivenciando seus direitos e deveres de cidadão ativo e atuante da sociedade.
            Nas atividades artísticas, no manuseio de diversos objetos, materiais e no contato com variadas formas de expressão de arte, possibilitaremos a ampliação cultural, o diálogo com o mundo, a valorização e cuidado com o outro, a justiça, a solidariedade, o cuidado com o meio ambiente e a promoção humana.
HISTÓRICO DO ENSINO DE ARTE NO BRASIL

            As Artes Visuais são consideradas uma linguagem e uma das formas importantes de se expressar, e se comunicar, no mundo e na sociedade e são indispensáveis na Educação, e, sobretudo, na Educação Infantil.
            No entanto, para ser considerada Arte, propriamente dita, sofreu várias alterações no decorrer das décadas. Na escola tradicional, o ensino de Arte era voltado para o domínio técnico, mais centrado na figura do professor que trabalhava com exercícios por eles selecionados e livros didáticos.
            Entre os anos 20 e 70, influenciados pela tendência escolanovista, o ensino de Arte volta-se para o desenvolvimento natural da criança, centrado no respeito às suas necessidades e aspirações, valorizando suas formas de expressão e de compreensão do mundo. Buscavam espontaneidade e o crescimento ativo e progressivo do aluno. As atividades mostram-se como espaço de invenção, autonomia e descobertas, baseando-se principalmente na auto-expressão dos alunos.
            A Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922 foi o marco para a caracterização de um pensamento modernista. Nas Artes Plásticas houve uma abertura crescente para as novas expressões e o surgimento dos museus de arte moderna e contemporânea em todo o País.
            Até os anos 60 existiam pouquíssimos cursos de formação de professores no campo de Artes e qualquer professor sem formação específica poderia dar aulas de Desejo ou Artes Plásticas.
            Em 1971, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte é incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, mas é considerada atividades educativas e não disciplina.
A partir dos anos 80 constituiu o movimento Arte-Educação com a finalidade de conscientizar e organizar os profissionais. Este movimento permitiu que se ampliassem as discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor, que reconhecia o seu isolamento dentro da escola e a insuficiência do conhecimento e competência na área.
            Em 1988, com a promulgação da constituição, iniciam-se as discussões sobre a nova Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Houve manifestações e protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei, que retirava a obrigatoriedade da área.
            Com a lei nº 9394/96, revogam-se as disposições anteriores e Arte é considerada obrigatória na educação básica: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (art. 26, § 2ª).
            Em nossa década vivenciamos as características desse novo marco curricular as reivindicações de identificar a área por Arte, e não mais por Educação Artística, e de incluí-la na estrutura como área, com conteúdos próprios ligados à cultura artística e não apenas como atividade.

ARTES VISUAIS NA INFÂNCIA


“As artes visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes, etc.” (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil vol. 3).

            Desde o nascimento a criança se depara com Artes Visuais: nas cores e figuras de uma parede, em um quadro, nas ruas, em casa, nos brinquedos e em todos os lugares presentes no cotidiano da vida infantil. 


“Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis.” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, vol. 3, pag. 85.)

            As crianças têm suas próprias impressões, idéias e interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito da arte. É no fazer artístico e no contato com os objetos de arte que parte significativa do conhecimento em artes visuais acontece.

ARTES VISUAIS NA SALA DE AULA E SUAS PERSPECTIVAS


As artes visuais é uma disciplina curricular tão importante quanto às demais e não podem ser vistas apenas como um passa tempo em nossas Escolas de Educação Infantil. Para isso é necessário que nossos educadores sejam capacitados e preparados para desenvolverem nos alunos o conhecimento de mundo através das Artes Visuais.
As escolas infantis devem manipular com as crianças diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio para entrar em contato com formas diversas de expressão artística.
A criança sofre influencia da arte desde cedo. Sejam através de imagens e atos de produções artísticas que observam na TV, computador, gibis, rótulos, estampas, obras de arte, vídeo, trabalhos artísticos de outras crianças, etc. Dessa forma, a criança chega à escola com um grande histórico e repertório sobre a arte. Os educadores, como mediadores irão abranger esse conhecimento por meio de novas experiências.
A arte revela em cada pessoa humana o cognitivo e a afetividade, pois através dela se transmite o que sentimos o que pensamos, como estamos e como anda nosso relacionamento com as pessoas ao nosso redor e com toda a sociedade.
            Através da utilização de formas, ritmos, linguagens e diversos elementos, a arte se torna um veículo da expressão do pensar, do sentir. Todo desenho, rabisco e obra artística elaborado pela criança têm sua importância devido à significação e a importância que ela dá.  “Quando a criança desenha ou canta, por exemplo, ela representa algo que lhe chamou a atenção ou canta uma música de que gosta cujo texto lhe diz algo ou significa alguma coisa importante para ela”. (Prosser, 2003, pag. 2).
            Nas expressões artísticas de cada criança são externizados os sentimentos, as emoções, as expectativas e os anseios ao mesmo tempo em que se estabelecem novas reflexões com a realidade em que se está vivenciando. Essa interação com o meio e ao mesmo tempo com o outro ocasiona experiências significativas no desenvolvimento afetivo, cognitivo, psíquico e de socialização na vida de nossos educandos.
            As artes visuais conduzem os alunos a conhecerem suas limitações, dificuldades e possibilidades de desenvolver, explorar e conhecer suas potencialidades, capacidades e habilidades, colaborando assim, no crescimento nos diferentes campos do saber.

“O ensino da arte e o aprendizado por meio da arte nas escolas de ensino regular contribuem, portanto, para que a escola “proporcione condições para que seus alunos se tornem sujeitos do seu conhecer, na interação com seu meio ambiente, para agir e transformar continuamente sua realidade, pela sua inteligência”. (Prosser, 2003, pag. 10).

            Artes na educação infantil valorizam e desenvolve a realização pessoal, satisfação de si mesmo e dos outros, o prazer, o equilíbrio, a alegria, a paz, a compreensão, a confiança, a reciprocidade, a identificação com o outro e comunhão com o semelhante e com o universo. Contribui para a formação integral do ser humano, diminuindo assim, a violência e a tudo o que destrói o homem cidadão.
            A arte é um grande agente transformador, que leva o ser humano a ser construtor de um mundo melhor, mais humano, civilizado, valorizando a tudo aquilo que é bom e eficaz para a vida.

CONCLUSÃO


Desenvolver através da arte a integração entre os aspectos sensíveis, intuitivos, estéticos e cognitivos a promoção de interação e comunicação com o mundo e a sociedade buscando, por meio destes a construção de diálogo, solidariedade, a justiça, o respeito mútuo, a valorização do ser humano, a paz e cuidados com a natureza, é o objetivo central e principal na Educação de Artes na Educação Infantil.
A arte promove a ampliação do conhecimento de mundo que possuem. A manipulação de diferentes objetos e materiais, a exploração de suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e ao entrar em contato com formas diversas de expressão artística, como também a utilização de diversos materiais gráficos, plásticos, naturais e descartáveis sobre diferentes superfícies pode ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação.
Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção, criação, trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo, criando cuidados com o próprio corpo no contato com os suportes e materiais de arte promovem a dignidade humana e conduz as crianças na construção de uma sociedade melhor.





REFERÊNCIAS


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Conhecimento de Mundo. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996.

PROSSER, Elisabeth Seraphim. Ensino de Artes. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2003.



domingo, 15 de maio de 2011

Apresentação dos conteúdos e a organização das atividades em sala de aula


Todos nós professores sabemos que o tempo, dentro e fora da sala de aula, passa rapidamente e se torna escasso os conteúdos programáticos, o currículo pedagógico e a aprendizagem escolar se não tivermos uma organização de conteúdos, dos programas e das atividades.
Para criarmos tal condição é necessário termos em mente e sabermos diferenciar as diferentes modalidades organizativas. São elas:

·         Atividades Sequenciadas;

·         Atividades Permanentes;

·         Atividades Independentes;

·         Projetos.


                                                  Atividades Sequenciadas         

          São situações didáticas articuladas, que possuem uma sequência de realização cujo principal critério é o nível de dificuldade – há uma progressão de desafios a serem enfrentados pelos alunos para que construam um determinado conhecimento.                         

Tempo de duração: variável

Características Básicas: funcionam de forma parecida com os projetos e podem integrá-los, mas o produto final é apenas uma atividade de sistematização/fechamento.

Exemplos de situações didáticas: atividades de ortografia, gramática, de aprendizagem sobre um gênero ou portador textual, de multiplicação, divisão, etc., ou seja, conteúdos que não poderiam ser aprendidos em uma única atividade – mas em várias, e nem necessitariam compor um projeto.


Atividades Permanentes

          São situações didáticas propostas com regularidade, cujo objetivo é constituir atitudes, desenvolver hábitos, etc. Por exemplo: para promover o gosto de ler e escrever, desenvolver atitudes e procedimentos que leitores e escritores desenvolvem a partir da prática de leitura e escrita.

Tempo de duração: Repetem-se de forma sistemática e previsível – semanal, quinzenal ou mensalmente.

Característica básica: A marca principal dessas situações é a regularidade e, por isso, possibilita contato intenso com um tipo de texto, autor, assunto, etc.

Exemplos de situações didáticas: Roda de biblioteca, leitura compartilhada, roda de notícias, rodas de curiosidades científicas, situações diárias de escrita para registrar e organizar conteúdos em estudo, cópia da lição de casa, realização das atividades propostas, etc.

Atividades Independentes

          São situações ocasionais em que algum conteúdo significativo é trabalhado sem que tenha relação direta com o que está sendo desenvolvido nas outras atividades ou projetos, ou situações de sistematização de algum conhecimento estudado em outras atividades ou projetos.

Tempo de duração: variável, mas normalmente trata-se de uma atividade única.

Característica básica: tratam de conteúdos significativos, ainda que não façam parte do currículo da série, ou sistematizam conhecimentos estudados.

Exemplos de situações didáticas: Discussão sobre um tema debatido na mídia, leitura de um conto, notícia ou poema trazido por um aluno, escrita de uma carta para um colega ausente, sistematização de conhecimentos estudados em uma sequência de atividades etc.

Projetos

          São situações didáticas que se articulam em função de um objetivo (situação-problema) e de um produto final. Contextualizam as atividades de linguagem oral e escrita (ler, escrever, estudar, pesquisar) e podem ser interdisciplinares.

Tempo de duração: Depende dos objetivos propostos - podem ser dias ou meses. Quando de longa duração, os projetos permitem o planejamento de suas etapas e a distribuição do tempo com os alunos.

Características básicas: ter uma finalidade compartilhada por todos os envolvidos, que se expressa na realização de um produto final, cuja construção desencadeou o projeto.

Exemplos de situações didáticas: confecção de um livro sobre um tema pesquisado e/ou composto de textos de gênero estudado, confecção de cartazes, mural, folheto informativo, recital de poemas, leitura em voz alta de contos para um determinado público, etc.


(Síntese a partir do texto: “É possível ler na escola?”, de Délia Lerner, em: Ler e escrever na escola – o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmedia.






domingo, 8 de maio de 2011

TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM PANORAMA A EDUCAÇÃO DE QUALIDADE







Vivemos em uma sociedade de digitalização. Nossos alunos sabem navegar, pesquisar, criar, interagir, socializar e desenvolver diversas atividades tecnológicas fora da escola, em família, nos grupos de amigos, em clubes e diversos ambientes. No entanto, muitas instituições de ensino não se adequaram a essa realidade.

As escolas permanecem, em pleno século XXI, no tradicionalismo e no mono diálogo onde apenas o professor fala e os alunos ouvem. O formato da sala, a metodologia aplicada, os materiais utilizados, o giz, o quadro negro e tantos outros conceitos não foram atualizados de acordo com a realidade em que vivemos. A Educação tem a função de educar de forma integral o ser humano. No entanto, a metodologia tradicionalista que ainda vigora nas escolas públicas e desatualizada não cativa mais nossos alunos que se encontram voltados às infinidades de multimídias e sistemas digitais. Os meios de comunicação, a medicina, o transporte, a zona rural e tantos outros ambientes se atualizaram, mas a educação continua com a mesma forma de ensinar.

Diante dessa urgência em atualização e motivação, a Educação a Distância oferece uma nova maneira de transmitir conhecimentos.  Através da navegabilidade, da interatividade, da inovação, da conectividade, dos múltiplos estímulos, fácil atualização nos materiais didáticos e beleza nas apresentações do aprendizado, a EAD abre caminhos para a escola convencional.  Com suas salas enriquecedoras, ampliada e expandida as aulas se tornam dinâmicas, interativas e o aprendizado torna-se de qualidade, pois todos participam e interagem na educação.

A Educação a Distância é mencionada muitas vezes como: ensino a distância, auto ensino, autoinstrução, aprendizagem durante toda a vida, educação aberta, formação continuada, estudo on-line e outras comparações. Embora as palavras instrução, ensino e educação pareçam ter o mesmo significado possuem conceitos diferentes. Vejamos cada um desses conceitos:

·         Instrução: indicações da utilização de algo; síntese de como se fazer alguma coisa; ato de instruir = ensinar; conjuntos de conhecimentos ou saber. Vem de procedimentos, saber fazer, capacidade, treinamento para executar algo.

·         Ensino: Ação, arte de ensinar, de transmitir conhecimentos. Orientação no sentido de modificar o comportamento da pessoa humana. Envolve professores, autores, saberes, entendimento, transmissão e sala de aula.

·         Educação: É o princípio comunicativo, utilizado pelas sociedades, para desenvolver no indivíduo a consciência de suas potencialidades, a partir da interpretação dos sinais gráficos até a construção dos conhecimentos que favoreçam o desenvolvimento de um raciocínio comportamental e disciplinar, na sua individualidade, diante do grupo social e no meio ambiente em que vive. É a formação como um todo de modo integral.

Como vimos, a educação exerce um papel sublime e superior com relação à instrução e ao ensino. Dessa forma “educação à distância” desempenha uma função integral no desenvolvimento do ser humano.

A EAD com suas tecnologias de informação e comunicação tem potencial para ajudar instituições e educadores a superar muitos dos desafios, sobretudo o da qualidade de ensino. A Educação a Distância utiliza contextos e encontros pedagógicos motivadores que ampliam a curiosidade, a motivação, a pesquisa, a interação, a diversidade, as variedades de estímulos e ao dinamismo. Essas metodologias favorecem a construção de cidadãos ativos, participativos e melhores preparados para atuarem na sociedade em que vivemos.

 Portanto, deixemos o tradicionalismo para trás e avancemos com um olhar dinâmico, atual e interativo na formação de nossas crianças e jovens na sociedade atual.



terça-feira, 22 de março de 2011

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva










A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.
Fonte de Pesquisa:





Educação para as questões de gênero e diversidade sexual


Quando nos referimos sobre as questões de gêneros, estamos nos referindo a um campo social, histórico e psicológico. Para refletirmos sobre esse assunto faz-se necessário pensarmos sobre nossa formação sexual e sobre o que queremos transmitir àqueles que nos são confiados sejam eles filhos, alunos ou parentes próximos.
No dicionário a palavra “Gênero” significa um conjunto de características comuns que definem algum fenômeno, uma tipologia. O gênero masculino e feminino, homens e mulheres, machos e fêmeas não são estabelecidos apenas pela biologia, mas é uma construção social, política e cultural.
Não são as características físicas que identifica as concepções de gênero. Podemos encontrar pessoas que se sentem “masculinas”, “femininas”, “ambíguas” e, ao mesmo tempo, apresentam características anatômicas e fisiológicas do sexo masculino, feminino e, além disso, também expressam seu desejo sexual por homens, mulheres, ou ambos, sem necessariamente corresponder a uma regra fixa.
A questão de gênero se torna um problema em sala de aula quando não se respeita as escolhas sexuais dos alunos e quando o ensino não conduz a uma reflexão. Infelizmente a maioria de nós teve uma educação e formação sexista, mas a sociedade de hoje clama por educadores de mente aberta e com responsabilidade que conduza a sala de aula ao respeito e aceitação dos diversos gêneros sexuais que encontramos hoje.




segunda-feira, 14 de março de 2011

Declaração dos Direitos Humanos - uma práxis para a Educação na Diversidade

Fonte: profanaispada.blogspot.com


Desde o início da humanidade sempre houve desigualdades sociais, preconceitos, violências e descriminações quanto à raça, etnia e religiosidade, no entanto, era visto como algo comum e os direitos e deveres humanos praticamente não existia.
            Com o passar dos anos adquiriu-se os direitos, os deveres, a liberdade de expressão e o cidadão tornou-se ativo e participativo na sociedade e novos rumos foram tomados.
            No dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Declaração Universal dos Direitos manos da Organização das Nações Unidas afirma: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
            A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu Artigo 1° reforça o direito e a dignidade humana de todo e qualquer cidadão seja ele negro ou branco pobre ou rico, heterossexual ou homossexual, independente de sua religiosidade, cultura ou etnia. Todos têm sua importância na sociedade e precisa ser respeitada sua diversidade e liberdade de escolha.
            Representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, foi promulgada  a  Constituição da República Federativa do Brasil no ano de 1988.
No Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
            Tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos quanto na Constituição Federativa do Brasil, podemos observar um país e um mundo preocupado com os direitos do cidadão e a dignidade da pessoa humana, porém, sabemos que os direitos se encontram no papel e nas leis que regem o país e o próprio universo. Sabemos que na prática e no dia-a-dia esta realidade ainda está longe de acontecer.
            Nos meios de comunicação, nas ruas, nos lugares de lazer e entretenimento, no trabalho, no campo ou na cidade e inclusive nas instituições educacionais ainda se vê vestígios de desigualdades, de preconceito, de intolerâncias e tantos outros fatores que destroem sonhos, tiram alegrias e matam esperanças de todo um povo, raça e nação.
            Acredito que a Educação pode mudar essa história e indicar um novo caminho desde que os responsáveis pela educação, ou seja, os gestores e os docentes tenham consciência do seu papel transformador dentro da escola e na sociedade.
            No mundo globalizado em que nós nos encontramos torna-se urgente o respeito às diversidades sociais, culturais e a boa convivência com o diferente. A Educação garante a cidadania, a paz, os valores, a liberdade e a garante que os direitos humanos sejam respeitados em sua totalidade.

Referência


                                                        Fonte: diversidade-educação.blogspot.com







    A Educação Indígena no Brasil

     Fonte: www. brimagens.com.br


    A educação indígena no Brasil é um direito constitucional assegurado aos índios sob a responsabilidade da FUNAI, A Fundação Nacional do Índio.
    Falar da educação dos índios nos dias atuais requer uma breve análise histórica deste povo. Precisamos reconhecer que nesses 508 anos, os povos indígenas têm sito destruídos, mortos, perseguidos e marginalizados pelos civilizados. Mesmo com toda Política de proteção e leis preocupadas pela qualidade de vida dos índios, estamos longe de um tratamento digno e justo àqueles que foram os primeiros habitantes desta terra. Se este é um povo que vem perdendo sua identidade, sua cultura e costumes, sua história e a própria vida, pois várias foram as tribos dizimadas por doenças levadas por homem branco, também a educação teve seu processo e seus propósitos alterados e ajustados as necessidades de cada tribo.
    De modo geral, a educação indígena antigamente tinha objetivo de catequizar os índios e torná-los missionários, apaziguando-os, tornando-os dóceis e submissos as necessidades do povo da cultura dos brancos, no caso os colonizadores. Ensinavam a Língua Portuguesa, desconsideravam os mitos, as crenças, os hábitos indígenas e as aulas eram ministrados por professores brancos, primeiro os padres depois pessoas comuns que passavam a viver nas aldeias para educar - catequizar os indígenas.
    Algumas tribos passaram a viver mais como brancos do que como os índios, maravilhados pelas novidades e comodidades da vida fora da aldeia. Outros foram incansáveis e defenderam seu modo de vida, usando o processo de educação dos jovens, exatamente para manter a cultura de seu povo. Devido à realidade de exploração que a maioria das tribos vivia, os próprios povos sentiram a necessidade de aprender a escrita de sua língua moderna.
    Hoje, a escola indígena, na maior parte dos povos que mantêm contato com a civilização, tem como objetivo manter os costumes dos índios e ensinar a sua língua junto com outras matérias. O currículo diferenciado não é só o ensino da língua materna, mas de todo um currículo além das questões de cada povo. A diversidade lingüística está diretamente ligada à questão da educação, pois são faladas no mínimo 180 (cento e oitenta) línguas indígenas e o processo educacional atual visa manter um equilíbrio, para que a língua oficial do país não seja imposta, mas também haja espaço para o ensino da língua indígena, de modo que esta não se perca, daí a importância do professor bilíngüe.
    Desta maneira, cabe salientar o que está posto no item IV, das Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar Indígena (MEC/ SEF, 1994) que afirma:
    ·         Um dos aspectos relevantes para a definição do currículo de uma escola é o conhecimento da prática cultural do grupo a que a escola se destina, já que estas práticas é que definem determinadas estratégias de ações e padrões de interação entre as pessoas, que são determinadas no processo de desenvolvimento do indivíduo. Isso requer uma intensa experiência em desenvolvimento curricular e também métodos de investigação e pesquisa para compreender as práticas culturais do grupo. Daí a necessidade de formação de uma equipe multidisciplinar constituída de antropólogos, lingüistas e educadores entre outros, de maneira a garantir que o processo de ensino-aprendizagem se insira num contexto mais amplo do que o processo paralelo dissociado de outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade.
    Portanto, a educação indígena, como um todo, deve ser um processo de construção coletiva envolvendo uma formação política e específica do professor e da professora, envolvendo a própria comunidade e as organizações indígenas, com articulações de entidades de apoio governamentais, e não governamentais (ONG). Os índios não podem ser figuras ligadas somente ao passado do Brasil, devemos buscar, conhecer e valorizar essa porção da cultura brasileira.
    Cabe salientarmos também os problemas enfrentados pelas inúmeras Instituições Escolares Indígenas do Brasil professores reunidos na III Assembléia Geral do Conselho dos Professores Indígenas da Amazônia, ocorrida em Manaus, no ano de 2003 onde fizeram um diagnóstico da situação das escolas indígenas e destacaram entre os principais problemas enfrentados:
    • Não reconhecimento das escolas indígenas;
    • Falta de infra-estrutura adequada;
    • Discriminação e preconceito;
    • Não implementação da legislação da Educação Escolar Indígena, em especial a Resolução 03/99;
    • Ausência de representação indígena nos Conselhos de Educação;
    • Falta de uma política pública para atender a necessidade do Ensino Superior voltado aos interesses dos povos indígenas buscando o compromisso das universidades públicas;
    • Falta de atendimento ao Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª série;
    • Falta de concursos públicos diferenciados para resolver a situação dos contratos temporários.

    Fonte de Pesquisa:
    • http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_ind%C3%ADgena




    Educação Ambiental




    Em nossa formação escolar aprendemos de forma fragmentada que a Educação Ambiental significa cuidado e proteção à natureza e a todos os seres vivos. A Lei de Política Nacional de Meio Ambiente contempla uma educação e um estudo da ecologia:

    [...] orientar a educação, em todos os níveis, para a participação efetiva do cidadão e de toda a comunidade na defesa do meio ambiente, cuidando para que os currículos escolares das diversas matérias contemplem o estudo da ecologia. (Decreto 99.274/9 que regulamenta a Lei de Política Nacional de Meio Ambiente).

    Verificamos que a longos anos a educação ambiental é estritamente ecológica.
    A Constituição Federal de 1988 diz no art. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”.
    Educar ecologicamente e de forma fragmentada não permite aos nossos educadores uma reflexão crítica sobre as questões ambientais e não permite ter uma visão ampla, integrada e complexa.
    Infelizmente a Educação Ambiental, na maioria das vezes, visa à solução dos problemas ambientais físicos e não a discussão de questões sociais por meio da transversalidade e da interdisciplinaridade.
    Hoje surge a necessidade de uma educação para a sustentabilidade, através da construção de um novo campo teórico no qual as preocupações da educação ambiental estivessem voltadas para os aspectos sócio-ambientais.
    A sustentabilidade está relacionada ao conceito ecológico de estabilidade dos ecossistemas e associada ao equilíbrio dinâmico que garante as relações de interdependências estabelecidas entre os componentes de um sistema ecológico. A sustentabilidade promove a preservação do ambiente físico, mas também a preservação e a recuperação da qualidade de vida do homem.
    A construção de um projeto de educação ambiental requer a participação de todo corpo docente, dos alunos, diversos profissionais, funcionários e membros da comunidade escolar. É preciso que esse projeto supere a fragmentação dos saberes e que possibilite um conhecimento integrado entre os aspectos físicos, biológicos, sociais, culturais, econômicos e políticos.
    Não formaremos verdadeiros cidadãos se trabalharmos apenas com datas comemorativas. É preciso contextualizar temas ambientais com a realidade e a vivencia de nossos alunos. Esse trabalho deve levar a uma reflexão e ao mesmo tempo a uma mudança de atitudes e de conceitos. Para isso é preciso que mudemos nossa maneira de ensinar e de formar para a vida.
    Esse projeto para ser bem elaborado pode envolver diversos profissionais e pode ser trabalhado com interdisciplinaridade, ou seja, envolvendo várias disciplinas e vários educadores. O importante é que esse trabalho leve o estudante a tomar consciência que é papel de todos nós protegermos, defender e buscar formas de sustentabilidade ao sistema ecológico. E como cidadãos precisamos agir conscientemente e ativamente na sociedade buscando cada vez melhores condições de vida a todo e qualquer cidadão indiferente de sua cor, raça, nacionalidade e etnia.






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    sábado, 19 de fevereiro de 2011

    Educação Quilombola

    Fonte: blogssidcerveja.blogspot.com

    A Educação Quilombola não é muito conhecida e nem comentada em nossa sociedade atual. No entanto, os Quilombos fizeram e fazem parte de nossa história brasileira.
    As comunidades quilombolas de nosso país, principalmente nos últimos dois séculos, têm recebido apoio de diversas organizações e investimentos sociais e políticos.
    Quilombo é uma expressão antiga e significa “campo de iniciação”. A palavra quilombo, segundo Vieira é:
    Uma associação de homens, aberta a todos, sem distinção de filiação a qualquer linhagem, na qual os membros eram submetidos a dramáticos rituais de iniciação que os retiraram do âmbito protetor de suas linhagens os integravam como co-guerreiros num regimento de super-homens invulneráveis às armas de inimigos. (VIEIRA, 2006).
    Os quilombolas têm muitas histórias de vida, de luta, de conquistas e sofrimentos. A Proposta Pedagógica deste ensino deve ser pautada à escuta e ao conhecimento da realidade concreta desta comunidade.
    Fonte de Pesquisa:
    §  VIEIRA, F. S. da S. Herança cultural africana e identidade no (s) Kilombo (s). In: Projeto Quilombos Vivos. ASSAOC/Fundação Volkswagen. Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, 2006. P. 40-48.